A importância do pequeno produtor rural
No Brasil, cerca de 3,9 milhões de propriedades são da Agricultura Familiar, representando 77% dos estabelecimentos agropecuários.
Estes pequenos empreendimentos rurais empregam mais de 10 milhões de pessoas. Se esta parcela da população deixar o campo, como se encaixaria nas cidades superpovoadas e sem oportunidade de trabalho?
O produtor rural da Agricultura Familiar é capaz de produzir e fornecer alimentos com nutrientes cada vez mais recomendados como hortaliças, legumes e frutas. É também responsável de produzir os produtos mais básicos da dieta do brasileiro, o arroz e o feijão.
Uma pequena propriedade rural se bem gerenciada, pode gerar renda, empregos e fixar o homem no campo. O pequeno proprietário de terras é um empresário como qualquer outro, que precisa buscar o conhecimento, adotar a tecnologia e gerenciar o seu negócio.
Além dos aspectos econômicos e sociais, a pequena propriedade rural pode ser significativamente importante na preservação ambiental, protegendo as nascentes de água, plantando espécies nativas e permanentes, utilizando da sua propriedade como um lugar de lazer e turismo.
Assim, nos dias de hoje, muitos pequenos produtores rurais estão tendo êxito como um grande negócio, capaz de promover até a sucessão familiar. Segundo o IBGE, as propriedades rurais administradas por jovens com até 35 anos são menos de 11%.
De contramão, muitos jovens estão deixando o campo e migrando para a cidade em busca de melhores oportunidades na educação, saúde e lazer, no entendimento de que, pobre por pobre, é preferível ser pobre na cidade.
Do que a Agricultura Familiar mais precisa?
Em qualquer atividade econômica e diante dos desafios do mercado, a Agricultura Familiar precisa da assistência técnica, tanto nos aspectos produtivos como gerenciais e de mercado.
Mesmo com os instrumentos legais existentes, as políticas públicas não têm incentivado aos pequenos empreendimentos. A falta de mobilização da categoria enfraquece as decisões governamentais. O produtor rural precisa organizar-se em associações, cooperativas ou sindicatos.
E o produtor da Agricultura Familiar precisa ter uma visão empresarial, buscar alternativas para a sua realidade, estabelecer parcerias e buscar a informação e o conhecimento.